Sobre a alma antiga

by - fevereiro 18, 2017

Bonjour.

Uma vez, eu fui a casa da minha avó materna e, entre conversas e leituras, ela me disse que eu tinha uma alma antiga. Assim, sem precedentes e sem espera, ela me revelou que conseguia ver que eu tinha um espírito mais velho do que as demais pessoas que estavam lá.

Na época, eu tinha gostos diferentes dos que eu tenho hoje em dia: batia o pé pelo rock, queria que as pessoas entendessem que eu era muito mais do que uma menina fofa e me enchia de objetos geeks para disfarçar que o romantismo e a delicadeza faziam parte sim de mim. Quando ouvi que tinha uma alma antiga, fiquei com aquilo na minha cabeça e isso nunca mais saiu dela...

Ano passado, eu finalmente me entendi e construí a verdadeira Bruna, essa que está escrevendo para vocês agora. A Bruna recheada de coisas: romântica, delicada, sensível. Mas também amante de indie, dos filmes adolescentes dos anos 80 e que pode discursar sobre livros de aventura (novos e clássicos) por horas e horas. A minha alma antiga, de fato, faz parte de mim! Eu possuo gostos estranhos aos jovens de hoje em dia e me orgulho disso muito, muito mesmo :)

Então, nesse capítulo do La Petite Souris, eu decidi compartilhar com vocês, mes amis, as coisas consideradas de outra época que eu faço e gosto e pretendo trazer para minha vida inteira. São hábitos ou objetos diferentes a maioria das pessoas contemporâneas do século XXI, mas que me deixam contente sempre!

A foto acima foi tirada na Casa das Rosas em São Paulo. Eu me senti muito bem naquela construção do século XIX, algo me disse que eu já fiz parte dessa época e quando olhei para baixo e vi esses azulejos, ah, meu coração parou de alegria! Haha.

Dentre eles:
  • Cartas: eu adoro escrever e receber cartas das pessoas que eu amo. Em épocas especiais como o natal, aniversários e dia do amigo, eu preparo minhas canetas coloridas, o meu papel de carta, os envelopes e começo esse trabalho carinhoso que faço sempre. As cartas eram bastante comuns antes da invenção dos aparelhos eletrônicos de comunicação e o que mais me encanta nelas é a possibilidade de as guardar para ler em outro período de nossas vidas e recordar dos momentos especiais que vivemos.
  • Xícaras de chá: tudo bem, é algo que ainda existe. Porém, a correria diária não mais nos permite sentar e aproveitar uma bebida quentinha no inverno ou gelada no verão brasileiro (como o chá) e isso me incomoda muito.
  • Vestidos: aqueles compridos do século XIX e os marcados dos anos 1950 são os meus favoritos :3
  • Costura: para fazer as minhas próprias roupas. Eu ainda não sei costurar, mas é algo que pretendo começar a aprender em um tempo não muito distante. Também quero aprender a bordar.
  • Músicas do período da Grande Guerra: entre 1920 e 1950.
  • Etiqueta: por favor, eu não sou a maluca das boas maneiras! Só que eu gosto muito da educação que as pessoas tinham em uma época mais distante do que a nossa, o hábito de respeitar as outras pessoas independente de sua classe social (isso não exclui sobremaneira o preconceito que existia também) e ser polida com elas. Isso me encanta muito e pretendo me aprimorar mais e mais nesse quesito.
Bom, são essas as coisas que fazem parte da minha antiga alma. Poderia adentrar mais nelas em outros capítulos do blog se vocês quiserem, tudo bem?

Vocês possuem hábitos que não correspondem aos atuais? Se sim, comentem abaixo!

Beijos açucarados.

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2 comentários

  1. Acho que também tenho uma alma antiga Bruninha,amo cartas,vestidos de época e sou apaixonada pelas estruturas antigas. No final,não importa o quanto tentamos esconder,essa alma antiga insiste em se mostrar <3
    Amei o post,petite souris :D
    Beijos ^.^

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    1. É a mais pura verdade, miss Jenn ♡
      Há tantas outras coisas que fazem parte da minha alma e que não se encaixa na atualidade, porém, não as coloquei aqui senão o capítulo teria várias e várias linhas, haha!
      Obrigada pelo comentário. Beijos açucarados ♡

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